Em uma conferência realizada em Nova Iorque no dia 10 de junho, David Van Wiel, o secretário-geral adjunto da OTAN, revelou que a aliança tem explorado a tecnologia de inteligência artificial (IA) para análise de imagens de satélite relacionadas a atividades militares russas.
De acordo com informações divulgadas, a tecnologia é capaz de identificar o número de aeronaves militares russas e localizar estações de reabastecimento, tudo a partir do processamento de imagens de satélite, informa a agência russa TASS, citando uma reportagem da Bloomberg.
Van Wiel argumenta que o uso dessa tecnologia específica de IA se encaixa dentro do “quadro ético de utilização”. Em suas palavras, a utilização dessa tecnologia em tais circunstâncias não resulta em baixas humanas, sendo, portanto, uma ferramenta valiosa que age em consonância com os princípios éticos defendidos pela união.
Ele também adianta que a OTAN tem planos de publicar uma estratégia revisada para a aplicação da IA no âmbito militar.
O uso de IA tem vindo a crescer entre os exércitos do mundo, proporcionando aos militares um conjunto de ferramentas inovadoras para enfrentar os desafios do campo de batalha moderno. O poder computacional das máquinas permite uma detecção mais rápida e precisa dos objetivos e a resposta rápida e eficaz a incidentes.
A OTAN, uma aliança militar intergovernamental, é conhecida por defender a colaboração no campo da defesa e segurança. Esta nova estratégia de emprego da IA pode marcar uma etapa importante na maneira como a aliança realizada sua vigilância e coleta de informações, sem dúvida, um grande passo em direção à modernização das forças armadas.
O futuro da IA nas forças armadas pode trazer muitos benefícios, mas também levanta questões éticas e legais importantes. É claro que a discussão precisa continuar para garantir que tal tecnologia seja usada de maneira ética e responsável em todas as áreas, incluindo a militar.
