Para por a mão no caça F-35, turcos terão que abrir mão de equipamentos russos, dizem americanos

Foto: US Navy

A possibilidade de a Turquia retomar sua participação no programa de desenvolvimento do caça F-35 foi abordada recentemente pelo embaixador dos Estados Unidos no país, Jeff Flake. Em declarações à CNN turca, o diplomata afirmou que, caso a Turquia resolva a questão dos sistemas de mísseis antiaéreos S-400, adquiridos da Rússia, a reabertura de negociações para a compra dos caças norte-americanos seria bem-vinda.

Contudo, Flake foi enfático ao dizer que a volta do país à coprodução seria difícil, deixando essa decisão a critério dos parceiros envolvidos no projeto, reportou a TASS.

Regionalmente estratégica, a Turquia foi excluída do programa F-35 em 2019, após a aquisição dos sistemas S-400. Participante ativa, até então, a Turquia fabricava parte dos componentes, elementos da fuselagem e alguns sistemas dos caças.

Os Estados Unidos declararam que o retorno da Turquia à parceria depende do abandono do sistema S-400, equipamento visto como incompatível com os requisitos de segurança da OTAN e capaz de comprometer os caças F-35. Segundo o embaixador, todas as medidas voltadas à resolução do impasse do S-400 seriam bem recebidas.

Por outro lado, o chefe da Comissão de Assuntos Internacionais do Parlamento turco, Fuat Oktay, declarou anteriormente que a Turquia não tem mais interesse em retornar ao programa F-35, apelando para que os EUA revejam as restrições impostas ao país no âmbito da lei “Combate aos adversários da América por meio de sanções” (CAATSA).

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Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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