Para reduzir a dependência do Antonov, Airbus lidera projeto para novo grande avião de carga

Imagem: Flughafen München

A unidade de defesa da Airbus irá liderar um consórcio para identificar opções de curto e longo prazo para o transporte estratégico de carga militar de grande porte sob o apoio do Fundo de Defesa Europeu (EDF). Trata-se de um dos 54 projetos escolhidos pelo EDF para dividir 1 bilhão de euros por meio de sua chamada para propostas em 2023, onde o estudo do Sistema Europeu para o Transporte de Carga de Grande Porte (ESOCA) receberá 19,9 milhões de euros.

Detalhando a iniciativa, o EDF destacou que as capacidades de transporte aéreo estratégico são “cruciais para a implantação rápida e eficaz de um grande número de pessoal, equipamentos pesados e cargas de grande porte, a fim de atender às exigências militares das nações europeias e aliadas“. E enfatiza ser necessário “expressar e desenvolver plenamente esta capacidade de maneira colaborativa na Europa”.

Por meio da ESOCA, os parceiros do projeto irão “identificar, definir e avaliar opções de curto e longo prazo para a futura capacidade de transporte aéreo estratégico europeu”. O consórcio é composto por 14 entidades de oito países europeus – Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Itália, Países Baixos, Polônia e Espanha – e também inclui a Leonardo, a Safran Aircraft Engines e a ITP Aero.

Atualmente, a OTAN depende de ativos como os Antonov An-124 comerciais e uma frota compartilhada de três transportadores estratégicos da Boeing C-17, voando da base aérea Papa na Hungria, para executar as tarefas de transporte de carga de grande porte.

Outros projetos selecionados pelo EDF incluem a busca por um veículo hipersônico com vetor de empuxo e tecnologias avançadas de enxame de drones.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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