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Para tentar se livrar de seus Embraer 190 e ATR 42, Tame abaixa ainda mais o preço

Embraer E190 da Tame – Foto: Aero Icarus / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

A ex-companhia aérea equatoriana Tame colocou à venda seis aeronaves avaliadas em US$ 15,7 milhões para quitar várias de suas dívidas. A empresa estatal do Equador foi liquidada em 2020 após acumular perdas milionárias.

Esta é a segunda tentativa da empresa de vender seus ativos, após 1 ano da primeira investida, buscando cobrir parte das dívidas de US$ 187 milhões com a Petroecuador. O novo chamamento ao mercado começou no último dia 23 de março de 2022 e eles esperam encerrar o processo em 11 de abril, de acordo com o cronograma publicado.

Conforme relata o Aviacionline, a TAME EP espera vender três Embraer 190 e três ATR 42-500 neste processo, enquanto um Kodiak 100 está sendo mantido pela Direção Geral de Aviação Civil (DGAC) por meio de uma liminar, enquanto outro Kodiak já teria sido vendido.

O governo equatoriano quer se livrar dessas aeronaves antes que continuem a se desvalorizar. Após quase dois anos em solo, seu preço combinado caiu de US$ 18,1 milhões do ano passado para US$ 15,7 milhões no processo atual.

Os detalhes e valores das aeronaves à venda são:

EMBRAER E190, REGISTRO: HC-COX, MSN 19003372, $ 252.924
EMBRAER E190, REGISTRO: HC-CGF, MSN 19030J137, $ 3.880.490
EMBRAER E190, REGISTRO: HC-CGG, MSN 19000141, $ 1.860.605
ATR 42-500 REGISTRO: HC-CLT, MSN 844, $ 3.226.032
ATR 42-500, REGISTRO: HC-CMB, MSN 849, $ 3.271.090
ATR 42-500, REGISTRO: HC-CMH, MSN 854, $ 3.223.029

Cinco aeronaves estão em ótimas condições para voar, enquanto o HC-COX é vendido como fonte de peças de reposição, dado que em 2016 sofreu uma excursão de pista em Cuenca com danos cujos reparos que não poderiam ser custeados pela TAME EP.

Vítima da COVID

A Tame foi fundada em 17 de dezembro de 1962 como Transportes Aéreos Militares Equatorianos. A companhia priorizou o transporte de passageiros e cargas em voos domésticos por décadas, mas nos anos 2000 chegou a voar três rotas internacionais, incluindo o Brasil. No auge, alcançou uma frota de 16 aviões, sendo o maior deles um Airbus A330-200.

Em 2020, depois de anos de dificuldades financeiras, não resistiu à crise causada pela pandemia de COVID-19 e iniciou processo de encerramento das atividades por ordem do governo equatoriano, por ser considerada improdutiva e ineficiente, segundo o governo do então presidente Lenín Moreno.

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