Passageiro pede mais de R$ 30 milhões depois de escorregar em uma poça de licor no saguão do aeroporto

Um homem suíço que escorregou em uma poça de licor Baileys Irish Cream na área de check-in da British Airways no Aeroporto de Londres-Heathrow disse a um juiz que precisa de 5 milhões de libras (mais de R$ 30 milhões) após o acidente ter provocado o colapso de seu negócio.

De acordo com o The Sunday Times, o homem, Andreas Wuchner, relatou que, ao se aproximar de um balcão de check-in da British Airways no aeroporto de Heathrow em 2017, para realizar seu check-in para o voo para Zurique, escorregou inconscientemente em uma poça de Baileys que a companhia aérea deixou de limpar.

Segundo Wuchner, as consequências foram catastróficas. Incapaz de administrar seu negócio de material de escritório, este acabou por entrar em colapso. Isso se deu, segundo ele, como resultado direto e previsível da negligência da British Airways ao falhar na limpeza de uma poça de licor em uma área de alto tráfego de passageiros.

Wuchner alega sofrer de dores de cabeça que semanas seguidas, as quais ele atribui diretamente ao acidente. Ele diz que não é mais capaz de se concentrar e está propenso a perda de memória.

Ele foi premiado com 130.000 libras em 2021, quantia que aceitou, mas nesse ponto, sua equipe jurídica também disse que buscaria “danos especiais” que acabaram chegando ao patamar de 5 milhões de libras.

A British Airways rejeita esse valor, argumentando que a Convenção de Montreal limita sua responsabilidade. Um juiz vai considerar se a redação de limitação de responsabilidade da convenção se aplica aos balcões de check-in (“em condições que o acidente que causou a morte ou ferimento tenha ocorrido a bordo da aeronave ou durante quaisquer operações de embarque ou desembarque”).

A British Airways ainda contesta que “existem significativas disputas factuais entre as partes”. Especificamente, a companhia aérea contesta que o acidente causou o colapso da empresa de Wuchner (outros fatores podem ter estado em jogo sem relação com o acidente) e também contesta os números buscando comprovar o desempenho e as projeções financeiras de sua empresa.

O julgamento incluirá depoimentos de cirurgiões ortopédicos, neurologistas, especialistas em controle da dor e contabilistas forenses. Independente do resultado, já está caro para a empresa aérea.

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Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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