Passageiros estão levando peças de avião na bagagem para ajudar aéreas russas a seguir voando

Avião Embraer E170 S7 Airlines
Imagem: Embraer

Após a invasão russa à Ucrânia há dois anos, enormes sanções foram impostas à Rússia pelos governos dos EUA e da Europa. Isso dificultou o funcionamento de muitas empresas russas. Talvez a mais impactada tenha sido a companhia aérea Aeroflot, que perdeu permanentemente seus slots de pouso em Londres-Heathrow.

Houve grandes disputas com arrendadores de aviões, já que os contratos para as aeronaves foram invalidados. Após poucos meses, aviões começaram a ser canibalizados para que as peças mantivessem outros voando, uma vez que a Rússia também não mais conseguia acessar peças sobressalentes de fabricantes nos EUA e na Europa.

Relatos indicam que os incidentes de segurança de voo mais que dobraram entre 2022 e 2023, à medida que os estoques de peças diminuíam. Agora, parece que uma das maneiras como as companhias aéreas russas conseguiram continuar voando – adquirindo as peças de reposição de que precisavam – foi fazendo com que os passageiros despachassem as peças em suas bagagens.

Como mostra uma reportagem do Business Insider, funcionários do aeroporto em Moscou descobriram uma peça de aeronave de $40.000 na bagagem de um viajante, destinada à ex-integrante da aliança Oneworld, a companhia aérea S7. Não apenas esse, mas outros casos semelhantes já teriam sido relatados ao longo dos meses.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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