Uma inspeção feita no Brasil encontrou peças falsificadas e de origem duvidosa que estavam em motores de aviões da Ryanair, a maior low-cost da Europa.
A empresa de baixo custo da Europa é a segunda maior operadora de Boeing 737 no mundo, atrás apenas da Southwest Airlines, também foi vítima da AOG Technics, uma companhia britânica de manutenção que está envolvida num escândalo de documentos forjados para legitimar peças falsificadas e de origem duvidosa, a chamada Bogus Parts, onde não é possível rastrear a sua origem, sem saber se a peça foi usada antes e está adequada para o uso.
Em torno de 100 aeronaves de empresas da Austrália, EUA e Europa foram afetadas com este problema, onde uma parte das falsificações inclusive foi detectada no Brasil, segundo reporta a Folha de São Paulo citando a Bloomberg.
Segundo a matéria, a Ryanair enviou para uma oficina de manutenção brasileira (de nome não revelado) um dos motores CFM56 dos seus jatos Boeing 737 NG. O procedimento de envio ao exterior, que é relativamente comum e feito para dar agilidade no processo de manutenção, detectou que tinham peças da AOG Technics dentro do motor.
Segundo o famoso e polêmico CEO da Ryanair, Michael O’Leary, além do Brasil também foi detectado o problema enquanto um outro motor era inspecionado no Texas. O número total de motores e aviões da Ryanair afetados com o problema de Bogus Parts da AOG Technics não foi revelado.
