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Pela primeira vez em 15 anos, Aerolíneas Argentinas abre demissão voluntária

Divulgação

A empresa estatal Aerolíneas Argentinas lançou um programa de aposentadoria voluntária que abrange o pessoal em terra, sendo cerca de 8.000 funcionários que trabalham em setores como manuseio aeroportuário, despacho de aeronaves e tráfego, entre outros. No total, a empresa estatal tem cerca de 12.000 funcionários.

A informação foi divulgada inicialmente pelo portal Infobae e os dados foram confirmados ao portal parceiro Aviacionline pela empresa, esclarecendo que esta é a primeira vez em 15 anos que um programa semelhante é implementado.

Na comunicação interna enviada aos funcionários da Aerolíneas Argentinas, é especificado que podem participar aqueles com mais de dois anos de antiguidade e que não estejam dentro do plano de acordo pré-aposentadoria.

O acordo “será pago em um plano de parcelamento mensal, equivalente a 50% da antiguidade em anos no momento da assinatura. Por exemplo, se tiver 20 anos de antiguidade, será pago em 10 parcelas mensais”, esclarecendo que os pagamentos serão ajustados de acordo com os aumentos salariais acordados no futuro.

O prazo final para os funcionários da Aerolíneas Argentinas se inscreverem no programa de aposentadoria voluntária é 31 de março, e eles convidam os interessados a obterem informações sem compromisso de adesão.

A empresa estatal é uma das que o governo de Javier Milei tem como alvo para privatizar, juntamente com outras do setor aeronáutico, como a prestadora de serviços de manuseio Intercargo e a EANA, fornecedora de serviços de navegação aérea.

Isso ocorre no contexto de uma profunda reforma do Código Aeronáutico argentino e da quase total desregulamentação do mercado aéreo comercial proposta no Decreto de Necessidade e Urgência 70/2023 de 20 de dezembro de 2023, cujo tratamento legislativo ainda está pendente, mas já encontrou forte resistência por parte dos sindicatos aeronáuticos tradicionais.

Enquanto isso, o governo avançou em questões que considerou destinadas a melhorar a sustentabilidade da empresa, como a redução em 43% dos cargos de direção e, nesta semana, a eliminação da possibilidade de os funcionários públicos acumularem milhas no programa de fidelidade ao voar com passagens pagas pelo estado.

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