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Pela sustentabilidade, Holanda triplicará imposto sobre passagens aéreas

O governo dos Países Baixos decidiu triplicar o imposto sobre as passagens aéreas, seguindo a tendência que ganha força na Europa em desincentivar as viagens aéreas em prol do meio ambiente.

A proposta foi revelada nesta semana pelo Ministro das Finanças da Holanda, Sigrid Kaag, que anunciou que até 2023 o imposto fixo de passagem aérea irá de €8 para €24 euros por passageiro.

A medida deverá aumentar a arrecadação de €200 milhões para €600 milhões já no próximo ano, e será aplicada para todos os viajantes saindo do país (exceto bebês de colo de até 2 anos), segundo revelou o site RTL Nieuws.

Esta decisão vista forçar as pessoas a procurarem medidas mais sustentáveis, principalmente em rotas curtas, como o uso dos trens, que já são o principal meio de transporte em massa no país e funcionam muito bem.

Os Países Baixos não contam com voos domésticos, que têm sido o alvo de muitos ambientalistas e governos na Europa, e apenas quatro aeroportos no país possuem voos regulares: Amsterdã, Eindhoven, Maastricht e Roterdã.

O próprio governo admite que a medida pode fazer com que algumas pessoas, inclusive de menor poder aquisitivo, deixem de viajar por completo, mas, no geral, a maioria iria procurar outros meios, segundo o Ministro.

A decisão pode causar o afastamento de companhias aéreas, como a Ryanair, que domina os aeroportos de Eindhoven e Maastricht, além de prejudicar a própria empresa nacional, a KLM, que vem de uma má fase por conta da Pandemia do Coronavírus.

Conversando com brasileiros e holandeses, foi possível apurar que muitos pretendem evitar esse novo custo usando outros meios: pegando trem, carro ou ônibus para países vizinhos como a Bélgica e Alemanha.

Viajar por terra até Antuérpia, Bruxelas ou Düsseldorf, por exemplo, já pode ser mais rápido, simples e barato, a depender de onde a pessoa mora nos Países Baixos. Agora, esse movimento deve ganhar força no ano que vem.

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