Uma ação federal contra o Aeroporto Internacional de Spokane, no estado de Washington, foi movida por Bahig Saliba, comandante da American Airlines, em um tribunal distrital estadual no início desta semana. Saliba, autodescrito como caucasiano (branco), está processando o Aeroporto e seus agentes de segurança em mais de US$ 23 milhões por acusações de discriminação racial.
Como detalha o site PYOK, que acessou os autos do processo, o incidente aconteceu em 6 de dezembro de 2021, quando Saliba estava prestes a iniciar o seu voo para Dallas-Fort Worth, para o qual ele havia sido escalado como comandante responsável por uma aeronave de 150 pessoas.
Ao entrar no aeroporto, Saliba não estava com máscara no rosto, porém, ao passar pelo posto de segurança da TSA, ele foi abordado por um policial e instado a usar uma máscara por conta das restrições impostas pela pandemia. Apesar das explicações de Saliba de que tinha uma isenção médica que o autorizava a não usar máscara, a TSA chamou a polícia.
Além disso, os agentes de segurança informaram à administração da American Airlines que Saliba estava sem máscara. Posteriormente, a companhia aérea suspendeu o piloto.
Na ação, Saliba argumenta que o uso de máscaras teria afetado sua respiração de acordo com sua recomendação médica. O aviador alega que a recusa da TSA de aceitar sua isenção médica e a decisão dos agentes de acionarem a polícia foi motivada pela discriminação racial. Saliba está solicitando US$ 586.000 em compensação pelos salários perdidos durante sua suspensão. Ele também pede uma indenização de US$ 23 milhões por danos morais devido à violação em seus direitos constitucionais.
Esta é a segunda vez que Saliba processa o Aeroporto de Spokane por incidentes envolvendo a polícia. No passado, ele ajuizou uma ação por suposta falsa detenção após recusar um exame de bafômetro realizado por policiais do local.
A American Airlines não se manifestou sobre o caso de Saliba até a publicação da reportagem pelo PYOK. A audiência do caso deve ocorrer em breve.
