Uma história revoltante voltou às manchetes britânicas na semana passada, depois que Peter Chilvers, 34, um ex-piloto Ryanair, foi liberado da prisão, após cumprir apenas um terço de sua pena. Ele havia sido condenado por “controle coercitivo” sob a Lei de Crimes Graves do Reino Unido.
O jornal The Mirror informa que a história de Chilvers envolve sua ex-noiva, a comissária de bordo da mesma aérea chamada Magdalena Lesicka, da Polônia. Os dois se conheceram em uma festa da empresa em 2010. Depois de um romance, Chilvers a pediu em casamento em 2012, mas eles nunca se casaram.
Isso porque, meses mais tarde, Lesicka descobriu que Chilvers tinha um caso com outra comissária de bordo. Após reconciliarem-se, ela fica grávida e Chilvers exige que Lesicka faça um aborto, mas ela se recusa. O filho deles, James, nasce em 2015.
Ao longo dos anos, o abuso foi excessivo. Foi relatado que Chilvers segurou o nariz da companheira enquanto eles se beijaram para que ela não pudesse respirar, bateu sua cabeça contra a janela de um carro, a fez comer os cabelos que ele arrancou de sua cabeça e a forçou a atos sexuais contra sua vontade.
O abuso também foi verbal, com Chilvers gritando obscenidades e ameaçando matar Lesicka e o filho.
Em 2017, desesperada, Lesicka esfaqueou o filho James até a morte e tentou cortar os pulsos e se enforcar, mas sobreviveu. Ao tribunal, ela revelou que o abuso emocional, físico e mental pelo qual passou, a levou a um colapso mental. Isso não a isentou do crime e ela foi condenada a 15 anos de prisão em 2018.
Durante o julgamento, Lesicka observou: “Meu único objetivo era sobreviver mais um dia. O comportamento de Peter tirou-me a dignidade. Fui quebrada por ele e nunca poderei ser a pessoa que era antes de o conhecer. Estou sozinha agora, me sinto feia, sem valor, indefesa, com vergonha, culpada e fraca”.
Em maio de 2020, foi a vez de Chilvers ser condenado a 18 meses em prisão domiciliar. À época, a pena gerou revolta por ter sido considerada muito branda pela opinião pública e resultou em protestos.
Tendo cumprido pouco mais de um terço desse tempo, ele agora está solto e mora com a aeromoça com quem estava tendo um caso, além dos dois filhos dela.