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Um piloto da United Airlines perdeu um processo contra a administração do Aeroporto Internacional de Denver, no estado do Colorado, Estados Unidos, após ser denunciado e preso em flagrante por “exposição indecente”. A prisão ocorreu em setembro de 2018, mas uma peculiaridade do caso gera desdobramentos até hoje, já que o acusado exige reparação pela acusação indevida.
O piloto Andrew Collins foi detido depois que testemunhas declararam que ele estava dançando e gesticulando pelado de um hotel com vista para a pista e de frente a um canal de triagem da TSA, agência de segurança dos transportes nos EUA. A polícia foi chamada e invadiu o local com armas em punho e prendeu Collins em flagrante.
Confira o vídeo do momento da prisão.
Não sabia
A questão é que Collins estava hospedado no hotel interno do aeroporto. Ele alegou não saber que conseguia ser visto do lado de fora da janela, que dá para o saguão e para o posto da TSA. O piloto alegou que estava se preparando para o banho quando saiu para atender ao telefone, sem saber que estava sendo observado. O que as pessoas teriam visto era apenas ele andando e gesticulando enquanto falava ao telefone, sem qualquer conotação sexual.
De acordo com a CBS Denver, Andrew Collins cumpriu uma suspensão administrativa de seis meses de seu emprego na United e se tornou uma notícia nacional. Desde então, o homem vem movendo uma série de processos de reparação moral e financeira. No momento da prisão, Collins era candidato a presidente da Airline Pilots Association, mas diz que a prisão arruinou sua oportunidade de ascensão profissional.
Após uma longa ação judicial, a prefeitura da cidade, que liberou a construção do hotel, pagou a ele, por acordo, uma compensação de US$300 mil (R$ 1,6 milhão) para encerrar a questão.
Agora, Collins move um processo contra a administração do aeroporto, responsável pela operação do hotel. Ele alega que o local deveria ter avisado que as janelas eram transparentes e treinado melhor seus funcionários. Collins também apela para a Quarta Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que proíbe busca e apreensão abusivas, já que seu quarto foi invadido sem mandado.
No início deste ano, Andrew Collins perdeu o processo em primeira instância, mas não pretende desistir. Além de recorrer da sentença, o piloto também quer processar a polícia do estado do Colorado pela forma como conduziu o caso.