Piloto demitido por agredir sexualmente colegas de empresa perde ação milionária

A companhia aérea KLM venceu uma batalha judicial contra um piloto veterano que havia sido demitido no ano passado, depois que supostos abusos vieram à tona. Alegando que o estavam difamando, o comandante entrou na justiça exigindo uma indenização de 1,5 milhão de euros, mas acabou perdendo o pleito.

A imprensa holandesa informa que o piloto teria se comportado de forma incorreta e ofensiva com membros da tripulação, pessoal de terra e até mesmo com passageiros, tendo sido acusado de estupro, agressão sexual, perseguição, ameaças e comportamento intimidatório. Suas ofensas teriam ocorrido durante um período de 20 anos, entre 2002 e 2022.

No tribunal, o comandante alegou que as histórias que foram levantadas durante a investigação interna da KLM eram fábulas e que colegas descontentes o haviam difamado.

Uma comissário de bordo afirmou que o piloto a impediu de sair de seu quarto de hotel e a forçou a ter relações sexuais. Ela relatou o incidente à companhia aérea e o piloto foi suspenso por uma semana, mas nenhuma outra ação foi tomada.

Outras acusações incluíam o piloto levando prostitutas para seu hotel, sendo expulso de uma loja em Moscou por estar bêbado e gritando com uma passageira em uma cadeira de rodas em Barcelona, pois alegou que ela havia atrasado o voo.

O piloto negou as acusações feitas contra ele. A KLM, no entanto, decidiu demiti-lo com uma indenização de € 190.000. A companhia aérea também revelou que chamou uma agência de investigação externa para descobrir se houve outros incidentes de “comportamento transgressivo” na companhia aérea. Devido ao teor judicial, a companhia aérea não forneceu uma atualização sobre o andamento de sua investigação.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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