Uma ação coletiva contra a American Airlines, que acusa a transportadora de investir milhões de dólares da economia de aposentadoria dos funcionários em fundos de agendas políticas de esquerda, foi aberta no Tribunal Federal de Dallas recentemente por Bryan P. Spence, um piloto veterano da empresa e Tenente-Coronel da Força Aérea dos Estados Unidos.
De acordo com a queixa, Spence acredita que suas perdas financeiras nos últimos anos foram resultado de investimentos de sua parte no Fundo de Pensão vinculados a fundos ESG. O piloto apresentou a ação em nome de mais de 100 mil participantes do plano de pensão da American Airlines, um dos maiores dos Estados Unidos.
Uma política ESG formal é referida na política de investimento dos fundos, que visa guiar decisões em torno de questões relacionadas ao meio-ambiente, assuntos sociais, governança, pagamentos de executivos, diversidade e liderança racial e de gênero.
As preocupações de Spence incluem riscos gerados ao investir em fundos de investimento que não são explicitamente especificados como compatíveis com ESG. Ele chega a afirmar que “muitos trabalhadores americanos não percebem que seu dinheiro suado está sendo usado contra eles”.
Além disso, argumenta que os investimentos ESG são contrários às responsabilidades dos planos de pensão, que deveriam gerar os melhores resultados financeiros para seus membros.
Os advogados que representam o piloto afirmam que a American Airlines violou seu dever de comunicar os funcionários pensionistas, conforme norma da Lei de Segurança de Renda de Aposentadoria dos Funcionários de 1974.
Caso Spence e os demais participantes do plano de pensão obtenham sucesso, eles podem buscar compensações por perdas, sob o entendimento de que a American Airlines rompeu seu dever fiduciário. No entanto, parece difícil que isso aconteça, até porque os fundos de investimento ESG têm preocupação com governança e práticas sustentáveis, além do lucro ao investidor, naturalmente.
