Os pilotos da Lufthansa estão licenciados para tipos de aeronaves errados, exacerbando os desafios decorrentes da contínua escassez de pessoal para seus voos de longa distância. Apesar das garantias do CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, de um alívio iminente, a companhia aérea enfrenta um dilema agravado pela escassez de mão de obra em toda a economia.
Em diversos setores, há uma falta de profissionais bem treinados e a Lufthansa não é imune. A escassez é especialmente evidente entre os comissários de bordo. De acordo com uma comunicação da representação do pessoal de cabine, voos de longa distância decolam frequentemente com menos membros da tripulação do que o planejado.
Segundo o aeroTELEGRAPH, no quarto trimestre do ano anterior, houve “reduções regulares de tripulação“. As preocupações estão aumentando de que a situação possa piorar nos próximos meses de verão. No entanto, Spohr permanece otimista. Apesar de reconhecer o déficit de produtividade em comparação com 2019, Spohr enfatizou o foco da empresa em qualidade e estabilidade.
“Demos folga ao sistema“, afirmou Spohr durante a apresentação dos números anuais na semana passada. Isso inclui folgas para aeronaves, bem como tripulações. No entanto, a Lufthansa enfrenta outro problema urgente decorrente dos atrasos na entrega da Airbus e da Boeing.
“Quando você tem tantos tipos diferentes de aeronaves encomendadas e elas estão continuamente atrasadas, você tem o problema adicional de que muitas tripulações estão licenciadas para a aeronave errada“, explicou Spohr.
Por exemplo, a Lufthansa treinou e licenciou um número de três dígitos de pilotos para o Boeing 787, mas atualmente a companhia aérea não possui as aeronaves para empregar esse pessoal. Consequentemente, os voos entre Frankfurt e Munique estão sendo operados em determinados momentos para garantir a utilização regular dos pilotos e a manutenção de suas licenças.
Além disso, a Lufthansa planeja emprestar temporariamente tripulações do Dreamliner para sua subsidiária, Austrian Airlines, durante o verão. No entanto, Spohr expressou confiança de que a situação se normalizará ao longo do ano.
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