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Pilotos de Airbus dormem ao mesmo tempo e por 28 minutos durante voo na Indonésia

Avião Airbus A320 Batik Air
Imagem: Clément Alloing

Um acidente ficou próximo de acontecer na Indonésia quando toda a tripulação técnica de um voo dormiu por vários minutos. A “meia hora do cochilo” ocorreu no voo ID-6723, da Batik Air, uma empresa aérea da Indonésia parte do grupo da Lion Air.

Um jato A320 da empresa cumpria o voo entre Kendari e Jacarta, maior cidade e capital do país. Porém, chegando na capital indonésia, os pilotos pararam de responder ao controle de tráfego aéreo e não fizeram uma curva à esquerda para iniciar o procedimento de chegada (STAR), voltando a responder 388 quilômetros depois do último contato, passando quase meia hora em silêncio.

Quando finalmente foi possível estabelecer uma comunicação com a aeronave, os pilotos informaram ao controlador que tiveram uma pane de rádio dupla e que estava tudo bem, que iriam retomar a rota, realizando o pouso normalmente apesar do desvio inesperado.

No entanto, em nenhum momento eles acionaram o código do transponder para falha de rádio e nem seguiram até o ponto autorizado, que é o procedimento padrão em caso de falha nas comunicações.

Uma investigação foi aberta e descobriu algo perturbador: os dois pilotos dormiram ao mesmo tempo por 28 minutos e, por isso, não conversaram com o controlador, que só conseguiu contato após o comandante acordar.

O comandante informou posteriormente que realmente dormiu durante o voo, mas que tinha avisado o copiloto, que concordou em ficar acordado e monitorar o jato, e chegando no momento mais próximo do pouso iria acordá-lo.

Mas o copiloto acabou dormindo logo após o comandante e acabou informando depois que não teve sono apropriado na última noite, já que foi acordado várias vezes por sua esposa para ajudar a cuidar dos seus filhos gêmeos recém-nascidos, com apenas um mês de idade.

Desta maneira, o sono persistiu no segundo voo do dia. Na Indonésia, a legislação atual prevê apenas dois dias de licença paternidade paga, sendo que apenas funcionários públicos têm direito de um período maior, que é de 30 dias.

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