O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, lançou uma queixa à Comissão Europeia pela proibição de liberdade de tarifas imposta pela Itália sobre as viagens à Sicília e à Sardenha. A documentação apresentada alega que se trata de uma restrição ilegal à liberdade de preços das companhias aéreas.
Durante a apresentação da nova malha de voos para a temporada de inverno da IATA, O’Leary explicou que essas limitações dos preços terão um efeito contrário, pois resultará na redução da capacidade de rotas domésticas e o aumento da tarifa para os passageiros das ilhas, desrespeitando a lei europeia, reportou a imprensa italiana.
O governo italiano fixou uma tarifa máxima de 200% dos preços médios aplicáveis durante a alta temporada de verão, mas O’Leary destaca que passará a alocar aviões nas rotas internacionais, que não estão sujeitas a limites tarifários.
Entre as medidas anunciadas para a temporada europeia de inverno 2023/2024 cabe destacar: estacionar 15 aviões em Roma; alocar 64 rotas a partir de Roma, incluindo sete novas que ligam cidades da Polônia, Letônia, Albânia e Reino Unido; e aumentar a frequência de outras 20 rotas internacionais partindo deste mesmo aeroporto.
Além disso, nesta temporada de inverno, O’Leary anunciou que a frota da Ryanair voando para a Sicília será reduzida em 15 a 20%, retirando assim aviões para outras áreas que não são sujeitas a limitações de tarifas.
O’Leary afirmou que vai apelar ao governo italiano para que cancele o decreto e aumenta a conectividade regional italiana, apontando para a possibilidade de redução significativa de voos para os passageiros dos destinos da Sicília e Sardenha e, por consequência, aumento na tarifa média.
