Poucas semanas pós anunciar que iria desmontar e canibalizar 11 jatos Embraer, a Alliance Airlines voltou atrás da decisão. Na apresentação dos resultados do semestre da companhia, divulgada em 7 de fevereiro, a Alliance destacou seu plano de desmontar Embraer E190-E1 a serem adquiridas na transação com a Aercap.
Esta operação envolve reduzir a aeronave às suas partes componentes, motores, trem de pouso e unidades de energia auxiliar. Em seguida, usar esses componentes como peças de reposição para uso na frota, a chamada canibalização, e diminuindo assim o custo de manutenção da frota operacional. Outra opção considerada é vender as peças para terceiros, como parte do negócio de comércio de peças da Alliance.
No entanto, devido à significativa demanda pelas aeronaves da companhia, inclusive da própria Qantas que é sua acionista, e ao recente aumento nos preços de jatos regionais usados, a Alliance anunciou ontem (26) que reduzirá o número de aeronaves E190 sendo “desmontadas” de onze para sete, como documento disponível na comissão de valores mobiliários da Austrália, a ASX.
Esta decisão aumentará as unidades da frota a serem implantadas em quatro aeronaves, que agora serão usadas para operações geradoras de receita tanto para uso da companhia quanto de terceiros (seja por meio de locação com tripulação ou locação sem funcionários).
O Diretor Executivo da Alliance, Scott McMillan, comentou: “Temos um longo histórico de compra oportunística de aeronaves e de realização de valor excepcional por meio de implantação, venda (de aeronave ou peças) ou locação. No momento deste aviso, a Alliance recebeu 10 das 34 aeronaves da frota E190 comprometidas em fevereiro e julho de 2023, com três delas já desmontadas.”
