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Por falta de dólares, Argentina suspende exigência de treinamento em simulador de voo

A falta de moeda estrangeira na Argentina levou o governo a suspender uma nova medida que aumentaria a segurança de voo.

Foto via DepositPhotos

Alinhado com as resoluções da ICAO, a Agência da ONU para Aviação Civil, a Argentina tinha passado uma legislação que exige que os pilotos façam treinamento em simuladores de voo ao menos uma vez por ano. Esta medida já está em vigor há anos no Brasil e aplica-se aos pilotos que tenham habilitações de tipo e não de classe (excluindo os menores aviões monomotores e bimotores).

No entanto, a Argentina tem um mercado menor de aviação e, portanto, menos simuladores disponíveis, sendo que muitos pilotos precisam ir ao exterior para fazer a revalidação, algo que acontece também no Brasil.

O problema é que essa ida ao exterior está complicada, já que os impostos para gasto em dólares subiram muito, além do governo fazer a chamada retenção cambial, que complica a repatriação de valores de companhias estrangeiras que façam negócios no país.

Diante disso, foi colocada uma nova resolução, que posterga a entrada da exigência de treinamento em simuladores por tempo indetermiando.

“O cumprimento da resolução anterior implica, em muitos casos, a contratação de serviços de simulador no exterior, devido à escassa oferta existente no país. Resultando de conhecimento público as restrições existentes para a contratação de serviços cujo pagamento requer o uso de recursos no exterior, como consequência da política nacional estabelecida para preserva as reservas em moedas estrangeiras, tomamos essa decisão”, afirmou a ANAC da Argentina em nota oficial, como informou o portal parceiro Aviacionline.

A medida, apesar de ter uma base lógica, acaba prejudicando o nível de segurança aérea no país, dado que os treinamentos de reciclagem são importantes para qualquer profissional em qualquer aérea.

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