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Presidente da Air Canada pede desculpas por não saber a língua oficial do país

Airbus A321 da Air Canada – Imagem: BriYYZ / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

O presidente-executivo (CEO) da Air Canada, Michael Rousseau, pediu desculpas a um comitê parlamentar no dia 21 de março por não saber se expressar bem em francês, língua oficial do país da América do Norte, ao lado do inglês.

Foram as primeiras declarações do executivo depois de ter sido cobrado publicamente por não saber falar perfeitamente o idioma.

Em 3 de novembro de 2021, Rousseau não compreendeu uma pergunta feita em francês por um jornalista durante um discurso na Câmara de Comércio de Montreal. Na ocasião, o executivo havia se expressado exclusivamente em inglês, o que incomodou parte da audiência. Ele ainda se justificou dizendo que morou 14 anos em Montreal sem falar francês, apesar de a maioria dos moradores da cidade ser francófona, além de não ter tempo para estudar o idioma por trabalhar demais.

Dias depois, a vice-primeira-ministra canadense, Chrystia Freeland, enviou uma carta ao presidente do Conselho Administrativo da Air Canada, Vagn Soerensen, pedindo que o grupo considerasse adicionar o bilinguismo como uma competência obrigatória ao escolher futuros CEOs.

Desculpas

“Sinto muito. Peço desculpas novamente aqui”, disse Michael Rousseau, em francês laborioso, durante depoimento por videoconferência para o comitê permanente de idiomas oficiais do parlamento canadense. Rousseau afirmou que seus comentários em novembro passado foram “insensíveis”.

O CEO também declarou se arrepender por não ter aprendido o idioma oficial do Canadá antes de acertar o cargo. “Admito que cometi um erro ao não aprender a falar francês quando entrei na Air Canada e estou corrigindo esse erro neste momento”, disse ele. Sob interrogatório do deputado nacionalista Mario Beaulieu, Rousseau disse que estuda francês todas as manhãs com tutores de empresas respeitáveis.

Francês para todos

A companhia aérea está sujeita ao Official Languages ​​Act, lei federal que exige que todas as instituições públicas do país prestem serviços em inglês ou francês mediante solicitação. Rosseuau reforçou que todos os clientes da companhia aérea têm o direito de serem atendidos no idioma oficial de sua escolha e que é sua obrigação providenciar isso.

Rousseau disse ainda que a empresa fez melhorias significativas em relação ao acesso ao idioma e implementou novas medidas para promover o uso do francês nas três últimas semanas. Ele também acrescentou que desde 2015 a empresa forneceu mais de 130.000 horas de treinamento para mais de 10.000 funcionários para aprenderem a falar francês.

Informações do Global News e FL360

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