Neste 9 de fevereiro, a Embraer e a Força Aérea Brasileira celebram 50 anos da operação do EMB 110 Bandeirante, o primeiro avião da fabricante brasileira.
O avião, que se tornou um ícone da aviação regional e precursor da moderna indústria aeronáutica brasileira, provou ser um modelo versátil, seguro e capaz de operar em todas as regiões do país. Durante meio século de serviço, o Bandeirante manteve-se como um símbolo de sucesso e parceria entre a Embraer e a FAB, motivo de orgulho para todos os brasileiros.
O Projeto
Em 1965, o Ministério da Aeronáutica autorizou o projeto aeronáutico IPD/PAR 6504, idealizado no Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), em São José dos Campos, interior de São Paulo. O primeiro voo ocorreu em 22 de outubro de 1968, com a aeronave batizada de Bandeirante.
Para atingir o elevado grau de qualidade exigido para o seu desenvolvimento, o projeto contou com a colaboração de 170 empresas nacionais. Foi então criada a Embraer em 1969, com o objetivo de produzir em escala e aperfeiçoar o projeto inicial.
Com o seu tamanho adequado para o segmento, o Bandeirante foi concebido para conectar os mais diversos pontos do território brasileiro, como Amazônia, Nordeste ou Centro-Oeste, prestando serviços tanto para a Força Aérea Brasileira (FAB) quanto para companhias aéreas nacionais, como a Transbrasil VASP.
Em 1975, ocorreu a primeira exportação do modelo militar para o Uruguai e, dois anos depois, a Air Littoral, companhia aérea francesa, foi o primeiro cliente internacional da versão civil. Nos anos seguintes, o Bandeirante também se tornou referência no mercado regional norte-americano. Na FAB, a aeronave desempenhou diversas missões, como transporte de pessoas, cargas e paraquedistas, além de ser utilizada para treinamento e ensaios em voo.
O modelo de busca, salvamento e reconhecimento, conhecido como Banderulha, foi responsável pelo patrulhamento do território marítimo brasileiro. Hoje em dia, a frota de aviões Bandeirante da FAB desempenha diversas missões no território nacional, incluindo o treinamento de pilotos. Devido à sua robustez, a aeronave também é empregada em regiões remotas e de difícil acesso, como na Amazônia, para missões logísticas e humanitárias.
Com 498 exemplares entregues a 36 países, o Bandeirante se tornou um dos aviões mais vendidos na sua categoria, marcando uma nova era no transporte aéreo regional no Brasil e no mundo.
Pela Assessoria de Imprensa da Embraer
