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Proprietário de companhia aérea é preso por suspeita de crimes financeiros

Imagem: MYAirline

No dia 1º de dezembro do ano passado, a Malásia viu o nascimento da MYAirline, uma nova companhia aérea que entrou no mercado com a promessa de concorrer com a gigante AirAsia no segmento de ultrabaixo custo. O empreendimento alçou voos com ambições elevadas, visando a expandir sua frota para 50 aeronaves nos próximos anos.

No entanto, recentemente, a MYAirline surpreendeu a todos ao anunciar a suspensão temporária de suas operações. Desde então, não foram realizados mais voos. O motivo alegado foram sérias dificuldades financeiras que demandam uma ampla reestruturação e recapitalização da empresa.

Goh Hwan Hua, cofundador e acionista majoritário da companhia aérea, e sua família, parecem estar no centro dessa crise. Segundo informações da imprensa local, a polícia malaia prendeu Goh, sua esposa e filho na última quarta-feira, 18 de outubro. Tanto o pai quanto o filho fazem parte do conselho de administração da empresa.

Desde quarta-feira, a polícia obteve uma ordem de detenção de quatro dias para eles“, declarou Ramli Mohamed Yoosuf, chefe do departamento de investigações de crimes financeiros, ao The Straits Times. As acusações recaem sobre suspeitas de crimes financeiros.

Goh detém 98% da companhia aérea através de duas empresas. Os restantes 2% pertencem ao ex-CEO da companhia aérea, Rayner Teo. Por razões de saúde, Teo renunciou ao cargo no início de outubro. Temporariamente, o gerente Stuart Cross assumiu as operações, mas também renunciou em 16 de outubro.

A crise na MYAirline continua se agravando. O Ministro dos Transportes, Anthony Loke, está considerando revogar a licença operacional da empresa. Ele ficou completamente surpreso com o encerramento das operações. “A MYAirline simplesmente desapareceu“, disse Loke. As empresas de leasing, que são proprietárias dos nove Airbus A320 da frota da MYAirline, estão exigindo a devolução das aeronaves.

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