Quatro comissários de bordo foram presos, acusados de contrabandear até US$ 8 milhões em dinheiro proveniente do tráfico de drogas dos Estados Unidos para a República Dominicana. De acordo com a acusação, os comissários de bordo estavam envolvidos em um esquema de longa data para transportar os rendimentos do tráfico de drogas em voos comerciais para a República Dominicana.
Segundo nota do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), os comissários de bordo, todos empregados de grandes companhias aéreas internacionais e com idades entre 34 e 42 anos, utilizaram seu status de “Known Crewmember” (KCM), que lhes permite contornar as medidas de segurança padrão, para mover grandes somas de dinheiro sem levantar suspeitas.
As acusações levantam sérias preocupações sobre a resiliência das medidas de segurança dos aeroportos contra pessoas com designação de KCM.
O esquema começou a ser desvendado há alguns anos, com a colaboração de uma testemunha que coordenou o transporte do dinheiro para os comissários de bordo. Isso levou à realização de uma operação secreta pela Homeland Security Investigations (HSI), na qual fundos do governo foram disfarçados de dinheiro do tráfico de drogas e entregues aos comissários de bordo para transporte. Posteriormente, o dinheiro foi devolvido pelas autoridades da República Dominicana.
Os acusados agora enfrentam uma série de acusações criminais, incluindo a operação de um negócio de transmissão de dinheiro sem licença e a entrada em uma área de aeroporto ou aeronave em violação aos requisitos de segurança, ambos puníveis com prisão. Além disso, dois dos quatro também foram acusados de conspiração para operar um negócio de transmissão de dinheiro sem licença, e um deles foi acusado de contrabando de dinheiro em espécie.
O Procurador dos Estados Unidos, Damian Williams, em comunicado, advertiu aqueles que quebram a lei ajudando os traficantes de drogas a mover seu dinheiro de que “o crime não compensa”.
