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Redes sociais criticam empresa aérea que expulsou de um voo um veterano ucraniano sem perna

Airbus A320 da Wizz Air

A companhia aérea europeia de ultrabaixo custo Wizz Air foi duramente criticada por remover um veterano ucraniano ferido, que perdeu uma perna durante invasão russa, de um voo que deveria partir de Tel Aviv, em Israel, com destino à Polônia.

Em sua defesa, a empresa afirma que o homem, que estava em Israel recebendo tratamento para feridos da guerra, teve que ser expulso do voo porque não tinha escolta com ele.

Segundo informações do site Paddle Your Own Kannoo, o passageiro estava tentando chegar à Polônia para visitar sua família e viajava com uma sacola cheia de presentes para seus entes queridos, mas depois de usar muletas para ficar em pé na frente do avião por uma hora e meia, a Wizz Air negou o embarque e obrigou-o a sair da aeronave.

Imagens de vídeo feitas por outro passageiro mostram o homem, que usa prótese e muletas, saindo do avião pelas escadas e sem ajuda.

Em comunicado, a Wizz Air comentou sobre a decisão de desembarcar o passageiro: “Pedimos desculpas pelo transtorno causado em relação a um passageiro em nosso voo de Tel Aviv para Varsóvia recentemente. A segurança é nossa prioridade número um e é responsabilidade de nossa tripulação garantir que todos os passageiros estejam aptos para voar ou acompanhados por alguém para apoiá-los. Se houver qualquer indicação de que um passageiro tenha uma condição médica que possa colocá-lo em risco durante o voo, somos obrigados a negar o embarque. Nesse caso, foi uma decisão difícil, mas necessária, tomada pensando na segurança do passageiro.

A explicação da companhia aérea provocou uma resposta irada, com muitas pessoas criticando o tratamento da Wizz Air ao homem no Twitter. No entanto, uma frase no final do comunicado deixou os usuários ainda mais raivosos. A companhia aérea disse que o passageiro havia recebido “água e um lugar para sentar enquanto esperava a ajuda da equipe do aeroporto.“.

A Wizz Air diz que exige que os passageiros com deficiência tenham um acompanhante se não conseguirem se levantar sem ajuda, sair do assento e chegar a uma saída de emergência sem ajuda ou se comunicar com a tripulação sobre questões de segurança. No entanto, essa não parecia ser a situação do veterano.

Segundo a Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA), é estabelecido regras para o que é referido como “passageiros de categoria especial”, e há certas situações em que um passageiro com deficiência pode precisar de escolta ou autorização médica antes de ser autorizado a voar.

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