Rússia tenta recuperar milhões de dólares de aviões que pagou, mas não levou

Foto: TASS

A estatal russa Rostec está tentando recuperar judicialmente da Airbus cerca de US$ 200 milhões que haviam sido pagos antecipadamente pela entrega de 17 aviões Airbus A350, mas que nunca foram (e nem devem ser) construídos por causa das sanções colocadas pelo Ocidente após a invasão da Ucrânia.

Ações judiciais semelhantes poderiam ser movidas por outras transportadoras e arrendadores russos, incluindo a Aeroflot, que encomendou 22 aviões da Airbus, mas conseguiu apenas sete, relata o jornal russo Kommersant.

Segundo o Kommersant, o valor do pagamento antecipado citado pela unidade arrendadora da Rostec, a Aviacapital Service (AKS), consta de uma ação apresentada no Tribunal de Arbitragem de Moscou em 13 de dezembro. O contrato para o fornecimento de 17 aeronaves havia sido firmado diretamente com a Airbus em 2015. Nenhuma das aeronaves foi entregue.

O diário russo relata que especialistas do mercado de leasing avaliam as chances de recuperar os adiantamentos pagos como próximos de zero, porque as sanções da UE proíbem quaisquer relações financeiras com empresas russas.

As sanções impostas após sua agressão contra a Ucrânia em fevereiro de 2022 atingiram a indústria da aviação diretamente. Fabricantes ocidentais, incluindo Boeing e Airbus, cortaram o fornecimento de aeronaves, componentes e peças de reposição para clientes russos. Enquanto isso, dia após dia, a frota de aeronaves comerciais russa vai se degradando.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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