A Ryanair, maior empresa aérea da Europa em número de passageiros, anunciou esta semana que saiu do grupo aconselhador da aviação do Reino Unido, após o governo britânico não implementar ações práticas para modernizar a indústria. O Conselho de Aviação do Reino Unido foi criado em fevereiro deste ano para ajudar a determinar um plano de dez anos para crescer e modernizar o setor de aviação britânico.
Seus membros incluem várias companhias aéreas, incluindo a British Airways, departamentos governamentais, aeroportos e controle de tráfego aéreo. Na terça-feira, na terceira reunião do conselho, a Ryanair saiu do grupo depois de criticar o governo por não conseguir cumprir uma série de demandas.
O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, disse: “Não temos tempo a perder reunindo-nos com um Conselho da indústria ineficaz, que não fez/não apresentou nenhuma mudança prática ou reforma”.
A companhia aérea solicitou que o governo implementasse cinco medidas práticas para melhorar o setor da aviação, incluindo a redução dos custos dos vistos, a contratação de mais funcionários de imigração e o investimento no controle do tráfego aéreo. Também exigiu que os passes temporários dos funcionários fossem reintroduzidos, a fim de evitar a repetição do caos nos aeroportos que afetou o setor no verão passado.
A Ryanair alega que o Conselho simplesmente “está falhando em adotar qualquer ação ou medida prática para melhorar a aviação do Reino Unido”. A decisão da empresa coloca o governo britânico sob pressão para conseguir implementar medidas práticas para modernizar a aviação do Reino Unido. No entanto, parece que vai demorar algum tempo para que as diretrizes desejadas da Ryanair sejam implementadas pela administração governamental.
O ministro da Aviação, Liz Sugg, afirmou que estão ocorrendo “progresso significativo” para melhorar o setor da aviação britânica, mas alertou que ainda há muito a ser feito.
