SNA envia à PF do Aeroporto de Guarulhos estudo sobre inspeções aleatórias na rotina dos tripulantes

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou por nota que enviou à Delegacia de Polícia Federal do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos na terça-feira (25) um novo ofício com todos os fundamentos que justificam a interrupção da inspeção aleatória em tripulantes e um estudo dos impactos desse tipo de abordagem na rotina profissional dos aeronautas.

No documento, o SNA reforça os protocolos e padrões rígidos já exigidos pelas empresas aéreas para garantir a competência e a confiabilidade de seus tripulantes e o quanto a necessidade de constante demonstração de idoneidade é raro e não acontece com outras categorias profissionais.

Além disso, o fato de a apresentação dos tripulantes ocorrer no portão de embarque, sem considerar o deslocamento interno no aeroporto, é agravado pelo aumento do tempo necessário para que os tripulantes cheguem antecipadamente ao local, devido à possibilidade de inspeção aleatória.

Este tempo somado à realidade das escalas de voo, que utilizam o tempo mínimo de descanso e o tempo máximo de jornada (de doze a vinte horas), força os tripulantes a aumentarem suas jornadas efetivas em pelo menos 30 minutos, dentro de uma realidade que já exige o tempo limite da jornada do aeronauta.

Ou seja, se as inspeções aleatórias continuarem frequentes, elas podem contribuir para o agravamento da fadiga dos aeronautas, aumentando o tempo efetivo de trabalho e reduzindo o tempo de descanso. Isto pode comprometer ainda mais a capacidade dos tripulantes de lidar com a fadiga e desempenhar suas funções com segurança.

“O SNA entende ser importante não perder de vista que as tripulações aéreas estão sujeitas a regulamentações e fiscalizações governamentais e que as autoridades de aviação civil têm a responsabilidade de estabelecer e aplicar normas de segurança e operação. No entanto, a ausência de inspeção aleatória não significa que não haja supervisão ou controle sobre os tripulantes, mas sim que há outras medidas em vigor para garantir a conformidade e a segurança”, diz a nota.

“Por fim, até que a situação em GRU seja resolvida, os tripulantes devem respeitar as orientações da PF e continuar relatando as ocorrências ao SNA”, conclui.

Leia o ofício na íntegra: https://tinyurl.com/3prfx2xt

Informações fornecidas pelo SNA

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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