Os problemas causados em centenas de voos no ano passado podem gerar uma conta salgada para a Southwest Airlines. A empresa aérea americana criadora do conceito low-cost, que teve um grande problema no ano passado, quando o seu sistema de TI não conseguiu rastrear os aviões após uma nevasca.
Enquanto as aeronaves eram desviadas para outros aeroportos e as tripulações regulamentavam (ultrapassavam o limite de horas trabalhadas permitidas na Lei), o sistema não acompanhou onde cada avião e tripulante estava e não conseguiu montar os voos de retorno.
Com isso, o caos se instalou, e 70% dos voos da companhia aérea foram cancelados, gerando a pior crise aérea dos EUA após o 11 de setembro de 2001. Passageiros enfrentaram horas de fila, e demorou praticamente uma semana para a empresa se reestabelecer.
Foram 2 milhões de passageiros afetados diretamente pelo problema bem na época que muitos viajavam para se reunir com os familiares e poder passar os feriados de final de ano juntos.
Agora, a empresa admitiu em documento público que a investigação feita pelo Departamento de Transportes pode levar a uma multa, mas não soube precificar o valor.
Historicamente, nos EUA, as empresas aéreas não são multadas com exceção de violações muito claras e graves, como problemas na manutenção. Atrasos e cancelamentos não geram ônus para as companhias aéreas por parte do governo, assim como as empresas não precisam compensar o passageiro nestes casos.
