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Testes antigelo levam a Boeing a redesenhar parte da nacele dos motores do 737 MAX

A Boeing está enfrentando mais desafios ao avançar com as mudanças de design da nacele (cobertura) do motor do 737 MAX. Após identificar a necessidade de mudanças para fazer com que o sistema antigelo opere dentro dos limites especificadas, a fabricante está desenvolvendo uma modificação que corrigirá o problema.

Segundo reportou a Aviation Week, recentes testes e análises de voo descobertos revelaram que o uso do sistema antigelo em ar seco, combinado com certas altitudes, temperaturas e configurações do motor, podem causar superaquecimento das peças. Isso, por sua vez, tem o potencial de danificar a peça e dificultar a operação da aeronave.

Para lidar com isso, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) publicou uma Diretriz de Aeronavegabilidade em 10 de agosto, exigindo que os operadores de 737 MAX se ajustem a certos limites e atualizem seus manuais de voo em 15 dias. É proibido o uso do sistema antigelo em condições de ar seco e despachar qualquer aeronave com a válvula EAI travada e aberta.

Enquanto isso, a Boeing trabalha na resolução do problema. Embora não tenha fornecido detalhes sobre a modificação ou quando será implementada, a empresa informou que está trabalhando com seus clientes para implantá-la antes que uma correção permanente seja desenvolvida. Reguladores internacionais também devem adotar medidas para endereçar as preocupações.

A Boeing também está fazendo mudanças na nacele do 737 Next Generation, série anterior ao MAX, uma decisão tomada após vários incidentes em serviço.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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