A companhia aérea alemã Lufthansa aboliu recentemente os testes obrigatórios de HIV para seus comissários de bordo após anos de campanha por igualdade. Essa decisão foi tomada para garantir que todos os seus funcionários sejam tratados de forma justa e equitativa, em linha com as mais recentes diretrizes sanitárias, informou o site PYOK, especialista em temas relacionados com tripulação de voo.
Até um passado recente, a empresa exigia que os comissários de bordo realizassem testes obrigatórios de HIV antes de serem contratados, o que era considerado como discriminação contra os portadores do vírus, sobretudo num momento em que o HIV pode praticamente ser “desativado” no corpo e os portadores levam uma vida praticamente normal.
O raciocínio da Lufthansa para exigir que os novos comissários de bordo fizessem um teste de HIV antes de começar o trabalho foi por causa de temores desatualizados de que pessoas soropositivas não deveriam ser vacinadas contra a febre amarela, que é um requisito de entrada em vários países do mundo.
“Muitas pessoas tiveram negado o sonho de voar nas últimas décadas e temos certeza de que ainda hoje algumas pessoas soropositivas evitam se inscrever em processos seletivos porque voar tem sido retratado por muito tempo como um sonho impossível”, disse o AG -Gesundheit em um comunicado na quinta-feira. “A estigmatização que afeta as pessoas que vivem com o vírus ainda é onipresente hoje e está associada à vergonha e ao preconceito”, continuou o comunicado.
A decisão foi muito bem recebida pelo representante do sindicato que representa os tripulantes, disse o PYOK. A empresa aérea foi contatada, mas não forneceu uma posição até o fechamento da matéria.
