O primeiro acidente do 737 MAX deu início à pior crise da Boeing, e agora o país onde tudo aconteceu voltou a liberar voos com o jato.
A Etiópia, local do segundo acidente, que fez com que as autoridades globais percebessem que o problema não estava com a Lion Air ou com o histórico de segurança da Indonésia, mas sim com o modelo de avião, já havia liberado o jato para o voo alguns meses atrás. No entanto, ainda faltavam os indonésios tomarem a mesma decisão, que chegou nesta semana.
No total 346 pessoas morreram em ambos os acidentes com o Boeing 737 MAX. Depois deles, foram 619 dias de paralisação global do jato, contados do segundo acidente até a recertificação do modelo em novembro de 2020. No mês seguinte, o MAX já voltava a voar comercialmente no Brasil.
Nos meses subsequentes, outros países do mundo foram liberando o modelo, enquanto outros se postavam mais reticentes. Dentre os últimos, estavam os dois países onde houveram os acidentes fatais, Etiópia e Indonésia.
Agora, embora o voo do MAX esteja liberado em seu país, a Lion Air não deu indícios que quer voltar a voar com o avião, diferente do que fez a Ethiopian Airlines, que já confirmou a volta do modelo. No caso da companhia indonésia, ela tem dito desde o acidente que iria cancelar os pedidos remanescentes do 737 MAX, apesar de não ter oficializado essa decisão. Enquanto isso, suas entregas estão “pausadas” por tempo indefinido.