Na última semana, em meio às chuvas históricas em Dubai, a Emirates emitiu um comunicado pedindo que seus pilotos e comissários de bordo continuassem tentando viajar para o Aeroporto Internacional de Dubai, mesmo com a cidade paralisada.
Em um memorando interno vazado, visto pelo A Fly Guy’s Cabin Crew Lounge, o Vice-Presidente Sênior de Serviço da divisão da companhia aérea, Thomas Ney, disse aos comissários de bordo que era “importante” que eles continuassem a ir trabalhar porque a companhia aérea ainda estava operando voos.
“Estamos operando nossos voos com segurança, e é importante que nossas operações continuem pelo bem de nossos clientes”, escreveu Ney, enquanto o Aeroporto Internacional de Dubai começou a desaparecer sob a água da enchente. “Se você está escalado para trabalhar, por favor, continue fazendo sua jornada com segurança para o trabalho. Uma vez que você chegue ao EGHQ (Emirates Group Headquarters), por favor, se apresente para o serviço ou vá para a sala de espera”, continuou o memorando.
Imagens compartilhadas nas mídias sociais mostraram comissários de bordo da Emirates em uniformes completos caminhando pela água da enchente com suas bagagens, enquanto houve até o caso de um membro da tripulação resgatado de um táxi submerso.
Fotos tiradas de dentro do prédio para onde a tripulação da Emirates se reporta para o trabalho mostraram a água da enchente alcançando as janelas, com os funcionários efetivamente presos dentro do prédio.
Conforme o Aeroporto de Dubai entrou em colapso na tarde de terça-feira, alguns membros da tripulação disseram que foram abandonados em aeronaves que não podiam seguir em frente por causa da água da enchente.
Com as condições se deteriorando rapidamente, voos de chegada tiveram que ser desviados para aeroportos alternativos enquanto a Emirates continuava a operar alguns serviços de partida. No entanto, somente na manhã de quarta-feira, a companhia aérea suspendeu todos os serviços de check-in no local, embora a tripulação ainda fosse esperada para comparecer ao trabalho e operar voos.
A situação começou a se normalizar apenas no final de semana, mas houve impacto a dezenas de milhares de passageiros. Isso levou o principal executivo da companhia aérea a assinar um pedido de desculpas e dizer que ordenou uma revisão geral de seus processos de contingência.
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