O governo da Turquia decidiu seguir as sanções americanas e agora jatos Boeing de matrícula russa não podem ser mais reabastecidos no país.
O país-membro da OTAN é um dos poucos de relevância mundial que ainda aceitam voos de aeronaves russas e a passagem de cidadãos russos sem restrições, mas a situação parece estar mudando. Atendendo a um pedido dos EUA feito no mês passado, o Ministério do Comércio turco determinou que todas as empresas de abastecimento de aviões do país não atendam aos aviões Boeings das companhias russas que voam para a Turquia.
A lista foi divulgada oficialmente pelo governo e, como mostra o site Airport Haber, compreende 38 aviões das companhias russas Aeroflot, Azur Air, PegasFly, Rossiya, S7, Utair e Yamal, além da Belavia, de Belarus, e da Mahan Air, do Irã.
Na listagem estão aviões Boeing 737, 747, 767, 777 e, curiosamente, dois jatos Airbus A321 da Yamal, que são de origem francesa mas têm componentes americanos. A partir de hoje, estes aviões deverão voar para a Turquia com combustível suficiente para a volta (que torna a operação mais cara e limitada) ou as empresas terão por optar por aviões não-ocidentais em voos para a Turquia.
Apesar desta nova sanção, o governo da Rússia anunciou hoje um acordo com o governo da Turquia para realizarem manutenção de aeronaves de companhia aéreas russas no país, sem especificar os modelos e quem realizaria o serviço.