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Último avião do modelo Airbus A300 da América Latina é aposentado e marca fim de uma era

Foto: Alí Cruz Ruiz

Depois de 23 anos de operações, a mexicana AeroUnion retirou seu último Airbus A300 cargueiro no dia 28 de junho, após realizar um voo entre Bogotá, na Colômbia, e o Aeroporto Internacional Felipe Ángeles, na Cidade do México.

O A300 foi o avião emblemático da companhia aérea mexicana desde 2001, operando até dez aeronaves da versão de carga. Sete foram da versão A300-B4 e os últimos três em serviço foram os A300-600. A última aeronave em sua frota estava registrada como XA-UYR.

A companhia aérea mexicana faz parte do Grupo Avianca e, para homogeneizar sua frota, substituirá os A300 pelos Airbus A330 modificados para cargueiros (P2F). Em abril de 2024, recebeu o primeiro, sendo um A330-300 P2F com o registro N337QT.

No entanto, a empresa mantém em operação dois Boeing 767-200 (ER) (BDSF) que conectam o AIFA a Miami, Chicago, Bogotá, Los Angeles, Mérida, Guadalajara, Cidade da Guatemala e San Pedro Sula.

De acordo com a plataforma Cirium, a AeroUnion era a última companhia aérea da América Latina e do Caribe que mantinha em serviço os Airbus A300. Anteriormente, a venezuelana Transcarga retirou seu último A300, com o registro YV562T, como informa o portal parceiro Aviacionline.

América Latina sem Airbus A300, mas o modelo continua operando em outras partes do mundo

Em 1973 o A300 fez um voo de demonstração em na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro

A produção do Airbus A300 começou em 1971. Foi o primeiro avião fabricado pela Airbus e o primeiro bimotor de fuselagem larga do mundo. Ao contrário de outros modelos da Airbus, é o único avião que não contava com a tecnologia fly-by-wire que caracteriza o fabricante europeu.

A Airbus fabricou 567 unidades do A300 até 2007, sendo o último avião entregue à FedEx Express. O modelo foi substituído pelos Airbus A330, mais modernos, que foram introduzidos na década de 1990. No Brasil o jato voou pela Cruzeiro do Sul, Varig, Vasp e Sterna Linhas Aéreas.

Atualmente, há 156 aeronaves em operação, em sua maioria na versão cargueiro, sendo seu principal operador a FedEx com 52 unidades, seguida pela UPS Airlines com 45 aviões e pela DHL Aviation com 30 aparelhos.

As únicas companhias aéreas que continuam voando com a versão de passageiros estão no Irã, algumas em serviço comercial e outras armazenadas como fonte de peças de reposição. O Quirguistão, na Ásia Central, é seu maior fornecedor de peças no mercado negro, com várias empresas fantasmas que compram os aviões fora de uso para companhias iranianas.

Suas operadoras iranianas são Iran Air (4), Iran Air Tour (2), Qeshm Air (2), Mahan Air (1) e Meraj Airlines (1).