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Uruguai terá que pagar milhões após fechar a aérea Pluna, que um dia foi da Varig

O CIADI (Centro Internacional de Arbitragem de Disputas sobre Investimentos) decidiu contra o estado uruguaio e o condenou a pagar cerca de US$80 milhões de dólares por considerá-lo responsável pelo fechamento da PLUNA em 2012. Além disso, o CIADI determinou que o Uruguai deve pagar 500 mil dólares por cada mês de atraso no pagamento da condenação.

A ação foi apresentada em 2019 pela Caballero Verde, um grupo panamenho que havia adquirido a Latin American Regional Aviation Holding (LARAH), proprietária de 75% da Pluna por meio da Leadgate Investment no momento do fechamento, alegando que a decisão do estado uruguaio de nacionalizar e liquidar a Pluna prejudicou seus interesses e não foi resultado de qualquer conduta irregular dos acionistas, como tentaram justificar na época funcionários do governo de José “Pepe” Mujica, apontados por alguns setores como os principais responsáveis políticos pelo fechamento da histórica companhia aérea para favorecer outros interesses.

Desde que a Leadgate assumiu a gestão da Pluna em 2007, após um longo histórico de privatização e falência nas mãos da brasileira Varig, a empresa iniciou um processo de modernização que a levou a adotar um modelo de baixo custo, adquirir até 13 aviões Bombardier CRJ-900 e estabelecer um hub no Aeroporto de Carrasco para conectar cidades do Cone Sul como Buenos Aires, Campinas, Córdoba, Florianópolis, Foz do Iguaçu, Santiago do Chile, Assunção, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Porto Alegre.

Isso permitiu que atingisse recordes de tráfego de passageiros, com um nível de desempenho nunca antes visto no Uruguai, como informa o portal parceiro Aviacionline.

Mas em 2012, o governo de Mujica, alegando má gestão por parte dos executivos da Leadgate (que nunca progrediu judicialmente), procedeu à estatização de 100% da Pluna para posteriormente liquidá-la e criar uma nova empresa chamada Alas Uruguay, que operou apenas entre 2015 e 2016.

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