No final de novembro, acompanhamos as notícias da mídia norte-americana de que uma passageira teria começado, por incrível que pareça, a amamentar, com seu seio, um gato a bordo de um voo da Delta Air Lines.
Na ocasião, o que se sabia era que uma mensagem enviada por um piloto à equipe do aeroporto de destino, durante o voo DL-1360 de Syracuse para Atlanta, com o avião de matrícula N326US, dizia que a equipe de especialistas da companhia em resolver problemas com passageiros precisaria ir à aeronave na chegada, pois uma passageira no assento 13A havia sido encontrada amamentando seu gato e ela se recusava a colocar o animal de volta na bolsa de transporte (para rever a mensagem do piloto, clique aqui).
Além disso, segundo o portal Newsweek, no dia 02 de novembro, uma comissária de bordo do referido voo havia publicado um vídeo em rede social afirmando que “a segurança foi à aeronave porque uma mulher estava amamentando seu gato”. A data coincide com o histórico de movimentações da aeronave de matrícula N326US nas plataformas de rastreamento online de voo, pois ela, de fato, cumpriu o voo DL1360 no dia 02 de novembro.
Depois, ainda segundo o Newsweek, em 13 de novembro, a comissária publicou um novo vídeo em que comentava que “Esta mulher tinha um daqueles gatos sem pelos enrolado em um cobertor para que parecesse um bebê. Sua camisa estava levantada e ela estava tentando segurar bem forte o gato e não o colocaria de volta na bolsa de transporte. E o gato estava gritando por sua vida.”
Após toda essa situação, um vídeo publicado nesta semana em uma rede social passou a mostrar o que supostamente seria a cena da situação que ganhou as manchetes em novembro, e a gravação, que você assiste abaixo, rapidamente gerou milhões de visualizações no tiktok, twitter e afins.
Porém, como é padrão na internet, as pessoas simplesmente compartilharam desenfreadamente tal vídeo como se fosse a situação real, sem ao menos buscarem mais informações a respeito ou sem notarem detalhes do próprio vídeo.
Como se observa, o espaço da aeronave ao redor das pessoas da gravação é um tanto quanto amplo para um avião real, assim como alguns detalhes – como as poltronas ou o fato de todas as luzes de chamada de comissários no teto estarem acesas ao mesmo tempo – levam suspeitas sobre a veracidade da cena.
Por fim, ao final do vídeo, o gato visto é na verdade um animal de mentira com estranhos olhos esbugalhados, e não a espécie de gato sem pelos que havia sido citada pela comissária quando houve a ocorrência a bordo em novembro.
Trata-se, na verdade, de uma paródia criada com base na estranha situação, aproveitando-se do atual momento da aviação, em que muitos casos de confusões a bordo têm tomado conta dos noticiários e vídeos da internet.
Até agora, não houve novas informações a respeito de qual fim levou o caso da passageira do voo da Delta no início de novembro.
