A visita de uma delegação do governo cubano a áreas seguras do Aeroporto Internacional de Miami, conduzida pela Administração de Segurança dos Transportes (TSA, na sigla em inglês), provocou indignação entre os líderes do condado de Miami-Dade, que afirmaram, no dia seguinte, que não foram informados sobre a visita.
O motivo da visita teria sido a realização de um benchmark sobre as práticas de segurança adotadas nos EUA.
“A prefeita não sabia de nada, o aeroporto não tinha conhecimento, a TSA é uma agência federal”, disse a prefeita de Miami-Dade, Daniella Levine Cava. “A decisão de permitir que autoridades cubanas visitassem áreas seguras no Aeroporto Internacional de Miami foi tomada sem o conhecimento do Departamento de Aviação de Miami-Dade (MDAD) e ocorreu no Dia da Independência de Cuba – um dia em que reafirmamos nosso compromisso com a liberdade e a democracia em Cuba diante de uma ditadura brutal”, acrescentou Cava.
A prefeita Cava exigiu explicações: “Precisamos saber como isso foi aprovado, estamos perguntando à TSA e ao Departamento de Estado e agora também alcançaremos a Casa Branca“, informou uma reportagem da CBS.
Ralph Cutie, diretor do Aeroporto Internacional de Miami, expressou sua indignação ao comentar o caso frente aos comissários de Miami-Dade: “Por aproximadamente cinco horas, cinco membros do governo cubano, autoridades cubanas equivalentes à TSA, receberam um tour pelo Departamento de Estado“, disse Cutie, ressaltando que a delegação visitou duas áreas consideradas sensíveis. “Um posto de controle da TSA e uma área de triagem de bagagens da TSA”.
Kevin Cabrera, um dos comissários, considera a visita e o tour militantes uma questão de insensibilidade cultural.
“Sabemos que este é o coração da comunidade exilada cubana”, disse Cabrera, reiterando que a visita da delegação cubana ocorreu em 20 de maio, dia da independência de Cuba. “É inacreditável que oficiais de um dos quatro países patrocinadores do terrorismo, segundo o Departamento de Estado, tenham visitado nossas instalações de aeroporto, áreas seguras, e visto como triamos passageiros e cargas”, acrescentou Cabrera. “Isso não é apenas sobre os cubanos, novamente, esta é uma questão de segurança nacional que precisamos abordar”, acrescentou o Comissário Garcia.
