A companhia aérea argentina Flybondi tem enfrentado dificuldades para manter sua frota em pleno funcionamento devido à falta de acesso a divisas, desafiador cenário macroeconômico e restrições governamentais, como informa o Aviacionline.
Em setembro de 2023, a companhia recebeu a décima quinta aeronave, mas várias tiveram que ser imobilizadas devido a problemas, especialmente relacionados à limitação no fornecimento de divisas pelo governo. Situação semelhante já havia ocorrido em meados do ano anterior, quando a Flybondi acumulou uma dívida próxima a US$ 15 milhões, resultando em cancelamentos e reprogramações.
A dificuldade no acesso a divisas impediu a companhia de recuperar oportunamente aviões com problemas técnicos, além de atrasar a entrega de três aeronaves Boeing 737-800 no segundo semestre do ano passado. A empresa também enfrenta problemas para realizar o pagamento de partes (peças de reposição), manutenção programada de suas aeronaves, aluguéis de aviões, entre outras obrigações.
Esses desafios provocaram alterações na programação original do plano de crescimento da Flybondi, que foi estabelecido em novembro de 2022. Atualmente, alguns de seus aviões encontram-se em manutenção ou aguardando peças de substituição, enquanto outros estão em processo de instalação de winglets ou sendo reparados.
Para contornar a falta de capacidade operativa, a Flybondi firmou um acordo com a Andes Líneas Aéreas, permitindo que dois Boeing 737-800 da Andes realizem alguns voos para a low-cost. Contudo, a empresa tem como principal prioridade retomar totalmente sua capacidade operacional até junho deste ano e manter um volume constante de operações durante o segundo semestre, com a expectativa de retomar e até mesmo superar seu plano de crescimento para 2024.
Em meio a esses percalços, a Flybondi ajustou suas frequências e, com a ajuda da Andes Líneas Aéreas, conseguiu manter praticamente o mesmo número de Boeing 737 em serviço em comparação com janeiro de 2023.
