Após uma grande polêmica se formar em torno dos exames ginecológicos invasivos no Catar antes de um voo, após agentes encontrarem uma bebê abandonada no banheiro do aeroporto de Doha, o governo local condenou a atitude de seus oficiais.
Tudo aconteceu no último domingo (26) após um bebê prematuro ter sido encontrado abandonado no banheiro do terminal do Aeroporto Internacional de Doha, capital e principal cidade do pequeno país árabe. O que aconteceu daí em diante causou comoção e revolta em todo o mundo, tanto em relação ao abandono do pequeno indefeso, quanto ao abuso com as passageiras.
Após terem encontrado o bebê, as autoridades do Catar não permitiram o embarque de nenhuma mulher adulta em idade fértil no voo QR908 da Qatar Airways com destino a Sydney, até que elas fizessem um minucioso exame em pleno aeroporto. Além disso, posteriormente ficou constatado que mulheres de outros dez voos foram examinadas na busca por aquela que tivera o parto do banheiro.
O número exato não se sabe, mas dezenas de mulheres examinadas, sendo 13 delas australianas, o que causou um incidente diplomático após a Austrália condenar veementemente a atitude das autoridades catarianas.
As mulheres foram examinadas em busca de sinais de parto recente e uma das passageiras disse que as autoridades “forçaram-nas a tirar a roupa íntima para um exame genital em uma ambulância no pátio. Além das 13 australianas, mulheres de outros países também foram detidas e submetidas a inspeções”, segundo reportou a BBC.
Agora, o Primeiro-Ministro do Catar Khalid bin Khalifa Abdulaziz Than veio a público pedir desculpas, afirmando que os procedimentos operacionais não foram seguidos e que “os responsáveis por essas violações e ações ilegais foram encaminhados ao Ministério Público”.
Em nota, o governo do Catar prometeu uma investigação profunda e independente, e que os atos feitos por seus oficiais não representam os valores do país.