O regulador de aviação de Israel ordenou que as companhias aéreas com jatos Boeing 737 convertidos em cargueiros pela Israel Aerospace Industries (IAI) cumpram restrições de carga e usem correias de fixação adicionais quando necessário antes que possam retomar às condições normais de voo.
A diretiva de aeronavegabilidade, publicada como diretiva de emergência no site da Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) nessa quinta-feira (12), refere-se a 47 aviões de carga (denominados BDSF) que foram tirados de operação nesta semana depois que a IAI encontrou uma “aparente irregularidade” no processo de produção da barreira rígida que separa o compartimento de carga e o cockpit.
A IAI não tornou pública a lista de companhias aéreas que operam os aviões afetados, mas disse à Cargo Facts que aproximadamente 40 aeronaves no total são afetadas pelo problema. A australiana Qantas e a norte-americana Alaska Air Cargo anunciaram que estavam mantendo em solo suas aeronaves convertidas.
Aeronaves aterradas
A Qantas retirou quatro aviões 737-300BDSF de rotas domésticas e a Alaska disse que estava aterrando seus 737-700BDSF e temporariamente “implementando um plano para fornecer serviços de transporte de carga utilizando os aviões 737-800 e 737-900 de passageiros”. Dois dos cargueiros de Alaska estão atualmente em Anchorage, enquanto outro está em Seattle, e nenhum dos três voou desde 10 de dezembro.
Além da Alaska Airlines, a única outra operadora de 737-700BDSF é a indiana SpiceJet, que recebeu seu primeiro exemplar em 2018 e mais dois neste ano.
A IAI havia anteriormente avisado aos clientes que a barreira serve como um recurso de segurança adicional para separar o cockpit da carga e não é fundamental para a segurança de voo, mas a emissão da diretiva de aeronavegabilidade contrapõe completamente esse argumento da empresa israelense.