A Polícia Federal (PF) prendeu hoje o administrador judicial da Massa Falida da Varig, por participar de esquema de corrupção no governo do Rio de Janeiro.
Segundo a PF, a Operação Kickback apura um esquema criminoso no Rio de Janeiro, voltado ao desvio de recursos públicos na área da saúde por meio do pagamento de dívidas inscritas na modalidade “restos a pagar”. A fraude pode ter gerado prejuízo de mais de R$ 50 milhões aos cofres públicos.
A ação é realizada em conjunto com a Procuradoria Geral da República. Segundo o portal G1, foi preso Wagner Bragança, advogado que também é administrador judicial da Massa Falida da Varig, sendo responsável por representar a massa falida daquela que um dia foi a maior companhia aérea do país.
Segundo a investigação, uma Organização Social (OS) que atua em Juiz de Fora/MG e no Rio de Janeiro/RJ recebeu cerca de R$ 280 milhões em dívidas inscritas em “restos a pagar” em troca de pagamento de propina de 13% sobre o valor quitado. Esse valor daria prioridade à Organização Social no recebimento dos recursos já que, diante da difícil situação financeira em que se encontra o Estado do Rio de Janeiro, nem todas as dívidas poderiam ser quitadas.
Além disso, a OS pagou cerca de R$ 50 milhões a um escritório de advocacia que, por sua vez, repassou mais de R$ 22 milhões para pessoas físicas e jurídicas ligadas ao operador financeiro identificado nas Operações “PLACEBO” e “TRIS IN IDEM”.
A investigação corre perante o Superior Tribunal de Justiça – STJ. O Ministro Benedito Gonçalves autorizou o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva, a imposição de medidas cautelares diversas da prisão e a indisponibilidade de bens dos investigados.
O trabalho conta com a participação de 40 policiais federais. Estão sendo cumpridos mandados nas cidades do Rio de Janeiro/RJ, de Niterói/RJ, de Nova Iguaçu/RJ e de Juiz de Fora/MG.
O nome da operação foi dado em razão do termo utilizado por um colaborador para designar o pagamento de propina no esquema identificado.
Com informações da Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro
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