A British Airways e a Virgin Atlantic estão enfrentando uma queixa legal oficial devido a alegações ambientais consideradas “enganosas” pela instituição climática Possible. A Possible, em parceria com o escritório de advocacia Leigh Day, apresentou uma queixa formal contra as companhias aéreas à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, alegando que elas violaram diretrizes internacionais de negócios.
A British Airways foi acusada de afirmar estar trabalhando em direção às emissões líquidas zero e de utilizar uma pintura especial de sustentabilidade em uma aeronave para simbolizar seus esforços na redução de emissões de gases de efeito estufa. Porém, a análise da Possible mostra que as emissões da British Airways decorrentes do uso de combustível de aviação aumentaram nos quatro anos anteriores à pandemia.
A Virgin Atlantic também é alvo da queixa por alegar estar em uma “Missão para Zerar o Zero”, embora ainda não tenha cumprido suas próprias metas de emissões. A companhia aérea recentemente se tornou a primeira a operar um voo comercial de passageiros totalmente abastecido por combustível de aviação sustentável (SAF).
A Possible argumenta que as reduções de emissões de SAF estão sendo exageradas pelo setor aéreo. A instituição pede que o Reino Unido reduza o atual nível de voos em 36% como uma forma de cumprir as metas governamentais de combate às mudanças climáticas.
Essa queixa destaca uma crescente preocupação com o “greenwashing” pelas companhias aéreas, com várias delas sendo repreendidas pelos reguladores por alegações enganosas sobre seus esforços na redução das emissões de gases de efeito estufa. Companhias aéreas como Austrian Airlines, Lufthansa e Etihad também já enfrentaram críticas e repercussão negativa por alegações inflacionadas de sustentabilidade.
