Aéreas canadenses e governo reagem à nota baixa da aviação local em auditoria da OACI

Companhias aéreas canadenses e o governo local reagiram à nota atribuída por uma recente auditoria da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) sobre a implementação dos padrões da OACI pelo Transport Canada (órgão regulador da aviação civil no país). Eles dizem que a nota não reflete a segurança das operações das aeronaves canadenses.

A agência de notícias Canadian Press obteve e foi a primeira a relatar sobre a auditoria da OACI, que atribuiu ao Canadá uma pontuação de 64 em 100, com as operações das aeronaves, aeroportos e navegação aérea apresentando pontuação particularmente baixa.

Essa pontuação está significativamente abaixo do que um país comparável esperaria receber e bem abaixo da mesma auditoria de supervisão de segurança de 2005, na qual o Canadá recebeu pontuação de 95 em 100.

“A OACI não identificou preocupações significativas de segurança com o sistema de aviação civil do Canadá, e sabemos que o setor aéreo do nosso país está entre os mais seguros do mundo“, disse Laura Scaffidi, porta-voz do Ministério dos Transportes.

“É importante observar que não foi uma auditoria sobre as operações seguras das aeronaves canadenses”, afirma um comunicado da Air Canada. “No caso da Air Canada, temos nossos próprios processos rigorosos de segurança interna. Esses processos são avaliados e auditados regularmente pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). A Auditoria de Segurança Operacional (IOSA) da IATA é o padrão ouro para avaliar a segurança das operadoras aéreas, e passar por ela é uma condição para ser membro. Nossa auditoria mais recente foi concluída em novembro, e a Air Canada obteve resultados exemplares.”

A auditoria atual da OACI recomenda que o Ministério dos Transportes estabeleça processos para garantir a conformidade total das companhias aéreas e aeroportos com as regulamentações, melhore a certificação de mercadorias perigosas e assegure que controladores de tráfego aéreo recebam treinamento adequado e que sejam implementados procedimentos para gestão da fadiga.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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