Aeroporto do Galeão, no Rio, lança campanha contra a soltura de balões

Balão apreendido no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro

O Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, lançou a campanha #NãoCaiBalão, que tem como objetivo conscientizar a população sobre os riscos que a soltura de balões acarreta para a aviação e o meio ambiente. A campanha será divulgada nos canais oficiais do aeroporto, por meio de vídeos explicativos, com apoio do Cenipa e do Decea.

Segundo a administradora, o aeroporto desenvolve um contínuo trabalho para identificar balões e mitigar os riscos de uma possível queda no sítio aeroportuário e no seu entorno. De acordo com a concessionária, costuma ser observado um maior número de balões no céu durante o período de festas juninas e, consequentemente, em seu espaço aéreo.

Nos últimos cinco anos, o aeroporto identificou 304 ocorrências, que foram registradas no Cenipa. Somente em 2022, já foram feitas 24 notificações, com um total de 14 quedas de balões no sítio aeroportuário.

Campanha

Até o dia 29 de junho, a ação terá como foco os alunos do Conexão Escola, projeto idealizado pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim para promover a conscientização ambiental de jovens e crianças que vivem nas comunidades locais. Ao lado da equipe educacional da Espaço e Vida, o RIOgaleão realizará uma tarde de aprendizados sobre os riscos dos balões para a fauna e a floral local.

Visando reduzir os perigos causados pelos balões, uma equipe especializada do aeroporto opera em diversos pontos de visualização, trabalhando de forma preventiva para evitar desde ocorrências leves até acidentes mais graves. O RIOgaleão monitora a área operacional por meio de câmeras de segurança e observações do entorno por seus profissionais de pátio, e comunica a presença de balões na proximidade das cabeceiras para a Torre de Controle, cujos funcionários atuam na conscientização situacional dos pilotos, para reduzir riscos de colisão e problemas de pousos e decolagens.

O problema

Segundo esclareceu o diretor de Operações do RIOgaleão, Dimas Salvia, esses artefatos podem ocasionar diversos problemas para o aeroporto, entre os quais gerar queimadas, interditar pistas e, em casos mais graves, causar acidentes de grandes proporções. “Nossa equipe realiza um trabalho constante para minimizar esse tipo de problema. É preciso alertar a população de que a prática não é uma simples brincadeira como muitos ainda pensam. Além de perigoso, soltar balões é crime”, destacou.

O diretor disse que quando um balão cai ou é identificado, diversas medidas são tomadas imediatamente, incluindo isolamento do local, apreensão do objeto e mobilização de equipes de diferentes setores. “Nesses casos, o Corpo de Bombeiros da concessionária atua com equipamentos de segurança e ferramentas específicas, encaminhando o balão para posterior perícia”, informou Dimas.

Informações da Agência Brasil

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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