Um novo cliente para o cargueiro militar A400M pode surgir após vários anos sem vendas daquele que é o primeiro projeto original da Airbus para a defesa.
O avião foi o primeiro projeto militar desenvolvido completamente dentro da Airbus, sendo uma opção de cargueiro entre o Lockheed C-130 Hércules e o Boeing C-17 Globemaster, visando principalmente ao mercado europeu.
Passados os anos, o projeto, que tem os maiores motores turboélices convencionais do mundo, acabou não vendendo como esperado, atrasou e é conhecido por seu alto custo operacional.
Hoje, a Arábia Saudita conta com uma frota de 42 aviões C-130 e tem encomendados mais 23 aeronaves da versão Super Hércules. Além disso, o país tem 6 jatos A330MRTT, que é a versão de reabastecimento aéreo do avião comercial da Airbus.
E é apostando no A330MRTT que a Airbus pretende convencer os sauditas a comprar o A400M, o que pode atrapalhar uma possível venda do KC-390 da Embraer no país.
Segundo o diretor de Defesa da Airbus, Jean-Brice Dumond, disse ao portal The Business Times, “sabemos que existe um interesse no A400M, e vamos falar sobre isso com a Força Aérea Saudita e o Ministro da Defesa”.
A Airbus quer oferecer um “pacotão” com o A400M, além de encomendas adicionais do A3300MRTT e do caça Eurofighter Typhoon, do qual o país já tem 72 unidades além de 48 encomendadas.