A Airbus e a STMicroelectronics, líder em semicondutores que atende clientes em todo o espectro de aplicações eletrônicas, assinaram um acordo para cooperar em pesquisa e desenvolvimento para apoiar a eletrônica de potência eficiente e mais leve, essencial para futuras aeronaves híbridas e veículos aéreos urbanos totalmente elétricos.
A colaboração se baseia em avaliações já realizadas por ambas as empresas para explorar os benefícios de materiais semicondutores de banda larga para eletrificação de aeronaves.
Os semicondutores de bandgap largo, como o carboneto de silício (SiC) e o nitreto de gálio (GaN), têm propriedades elétricas superiores em comparação com os semicondutores tradicionais, como o silício. Eles permitem o desenvolvimento de dispositivos e sistemas eletrônicos de alto desempenho menores, mais leves e mais eficientes, particularmente em aplicações que requerem alta potência, alta frequência ou operações de alta temperatura.
A cooperação se concentrará no desenvolvimento de dispositivos, pacotes e módulos SiC e GaN adaptados para as aplicações aeroespaciais da Airbus. As empresas avaliarão esses componentes realizando pesquisas e testes avançados em demonstradores, como unidades de controle de motores eletrônicos, conversores de energia de alta e baixa tensão e sistemas de transferência de energia sem fio.
“Esta colaboração com a STMicroelectronics, líder global em semicondutores de potência e tecnologias de banda larga, será fundamental para apoiar o roteiro de eletrificação da Airbus”, disse Sabine Klauke, diretora técnica da Airbus. “Alavancar sua especialização e experiência em eletrônica de potência para aplicações automotivas e industriais com nosso próprio histórico em aeronaves e eletrificação VTOL nos ajudará a acelerar o desenvolvimento das tecnologias disruptivas necessárias para o projeto ZEROe e CityAirbus NextGen”.
A descarbonização do voo requer uma gama de soluções que combinam novos tipos de combustível e tecnologias disruptivas. Uma dessas soluções, a propulsão híbrida-elétrica, pode melhorar a eficiência energética de todas as classes de aeronaves e reduzir as emissões de CO2 das aeronaves em até 5%.
Esse número pode chegar a 10% para helicópteros, geralmente mais leves que as aeronaves de asa fixa. As futuras aeronaves híbridas e totalmente elétricas exigem megawatts de energia para operar. Isso implica grandes melhorias na eletrônica de potência em termos de integração, desempenho, eficiência e tamanho e peso dos componentes.
Informações da Airbus
