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Airbus investiga mudanças de altitude não comandadas em A350 apesar de modificações anteriores

Airbus A350 – Imagem: Air France / Patrick Delapierre

Em um tema preocupante, a Airbus está atualmente investigando casos adicionais de mudanças de altitude não comandadas em jatos A350, apesar de modificações anteriores destinadas a resolver um problema semelhante que surgiu há dois anos.

As tripulações do A350 receberam anteriormente um procedimento revisado de seleção de altitude após investigações que revelaram uma possível falha no seletor de altitude, localizado na unidade de controle de voo.

Essa falha, segundo noticia o FlightGlobal, poderia resultar em alterações na altitude, com variações de 100 pés ou 1.000 pés (30 metros a 300 metros), dependendo da configuração do piloto automático. Tais desvios poderiam levar a mudanças inesperadas na trajetória vertical pretendida da aeronave.

Em 2021, a Agência Europeia de Segurança da Aviação (EASA) atribuiu incidentes de mudanças não desejadas de altitude pelo sistema de voo automático a uma falha de fabricação no codificador do botão seletor de altitude. Em resposta, a Airbus introduziu um novo padrão para a unidade de controle de voo, conhecido como H6.0, permitindo que os operadores retirassem o procedimento de seleção de altitude alterado em aeronaves atualizadas.

No entanto, uma divulgação recente da EASA levantou preocupações, afirmando que “vários operadores” relataram mudanças não comandadas de altitude em aeronaves que passaram pela modificação prescrita. O regulador anunciou que a Airbus está investigando ativamente a causa desses eventos relatados.

Como medida de precaução, a EASA decidiu reintroduzir, através de uma Diretriz de Aeronavegabilidade (DA, ou AD na sigla em inglês), a revisão temporária do procedimento de seleção de altitude. Essa reintrodução abrangerá todos os A350-900 e A350-1000, incluindo aqueles equipados com a unidade de controle de voo atualizada.

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