A GOL Linhas Aéreas revelou um dado impressionante sobre sua recente iniciativa de compensação de carbono por passageiros.
O número extremamente baixo foi apontado por Eduardo Calderón, Diretor de Operações da GOL Linhas Aéreas, durante o Fórum de Sustentabilidade Boeing e RSB, realizado hoje, 8 de agosto, na Câmara Americana de Comércio (Amcham), no qual o AEROIN esteve presente como convidado.
O projeto da GOL começou em 2021 em parceria com a Moss, uma das principais plataformas ambientais de créditos de carbono do mundo. Em 1 ano de projeto, foram neutralizadas 7.295 toneladas de CO2 com a iniciativa, em 953 voos de ida e volta entre Recife e Fernando de Noronha, rota hoje descontinuada por causa da falta de infraestrutura para voos com aviões a jato na ilha pernambucana.
Porém, Calderón informou que, inicialmente, a parcela de passageiros que aderiu à opção de compensar emissões foi de apenas 0,01%. Diante disso, o processo foi facilitado, e hoje não é preciso mais preencher um formulário no site da Moss, sendo tudo feito “direto no ato da reserva”. Porém, mesmo com a maior facilidade, a adesão é baixa, tendo saltado de 0,01% para 0,013%, muito aquém do esperado pela empresa e pelo setor.
Em uma das concorrentes, o sentimento é o mesmo. Segundo Filipe Alvarez, Gerente de Sustentabilidade da Azul Linhas Aéreas, o patamar de adesão está bem próximo do da GOL, embora não tenha informado dados exatos.
A falta de conscientização dos passageiros, aliado à falta da claridade dos termos, são os fatores levantados como responsáveis pela baixa adesão ao programa pelos passageiros. Hoje, a única rota da GOL que pode ser compensada é a de Congonhas, em São Paulo, para, Bonito, em Mato Grosso do Sul.
