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Após 30 anos de serviço, Scandinavian Airlines Systems (SAS) aposenta seu último Boeing 737

Neste domingo (19), às 17h37, a Scandinavian Airlines System (SAS) se despediu oficialmente de seu último Boeing 737 em serviço após três décadas de operações, informou o site parceiro Aviacionline.

O voo simbólico, que operava como SK-737, realizou uma viagem de Estocolmo para Oslo, com um desvio para sobrevoar Copenhague, as três principais bases da companhia aérea. O voo final foi feito com um Boeing 737-700 de matrícula LN-RRB.

Com 141 passageiros recebendo bilhetes especiais, o último voo celebrou sua viagem gravando um símbolo “700” no céu, representando a variante do popular bimotor que operou o voo de despedida.

Tonje Sundt, porta-voz de imprensa da SAS, comentou: “Esta aeronave voou por mais de quatro anos e oito meses em termos de horas de voo, um total de 1.760 dias, e completou 31.499 ciclos, ou seja, pousos e decolagens”.

Também marca o fim das relações com um fabricante norte-americano, que datam de 1946, quando a SAS foi formada a partir da aeronave Douglas DC-4 Skymaster.

Desde 1993, a SAS operou mais de 100 aeronaves abrangendo cinco variantes diferentes do renomado modelo de fabricação americana, incluindo o Boeing 737-400 (2009-2013), -500 (1993-2013), -600 (1998-2019), -700 (2000-2023) e -800 (2000-2023).

Um único Boeing 737-700 (LN-RPJ) continuará operando até 2024 sob um acordo com os militares noruegueses, configurado como uma aeronave MEDEVAC.

Transição para a Airbus

Esta decisão é um aspecto crucial do processo de reestruturação da companhia aérea, que visa racionalizar a sua frota para um único fabricante. No entanto, a SAS mantém contratos para operar aeronaves Embraer, ATR e Bombardier CRJ em regime de crew-lease, atendendo mercados regionais e domésticos com menor demanda.

A frota padronizada ajudará a companhia aérea a se recuperar da proteção contra falência resultante dos altos custos operacionais e da redução do tráfego em meio à crise de saúde COVID-19.

A SAS informou recentemente que os investidores concordaram em injetar US$ 1,21 milhão para reforçar a situação financeira da companhia aérea.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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