Um dos maiores símbolos de longevidade da aviação civil, o Boeing 737-200, conhecido como “Breguinha” no Brasil, sairá de operação numa empresa canadense após 42 anos de serviços prestados.
O primeiro 737 de sucesso foi o da série 737-200, marcando de vez o início da história daquele que se tornaria o jato comercial de passageiros de maior sucesso da fabricante americana e um dos maiores best-sellers do mundo.
No Brasil, o 737-200 chegou pelas asas da Vasp, mas também foi operado pela Varig, Cruzeiro, Rico Táxi Aéreo, entre outras, além de ser o jato presidencial da Força Aérea Brasileira (FAB) por anos. Por aqui, ele ganhou o apelido advindo de uma novela de 1987, a “Brega & Chique”.
A telenovela foi popular e várias pessoas logo começaram a comparar as coisas, tendo por base o nome da produção da Globo, dentre elas o 737. Como na época o 737-300 acabava de iniciar as operações no país, ele foi chamado de “Chique” e o 737-200, mais velho, de “Brega”.
O apelido pegou apenas para o menor dos 737 e evoluiu para “Breguinha”. Apesar da brincadeira, era uma aeronave confiável e, mesmo saindo de cena nos principais países do mundo, ainda serviu muito bem para operações em locais com pouca infraestrutura, devido à sua robustez e o chamado hush kit, que evita reduzir o dano causado por detritos em pistas não preparadas.
E uma das utilizadores do 737 neste modelo era a Canadian North, que já vinha aposentado pouco-a-pouco os seus “Breguinhas”, sendo que agora o último irá sair. De matrícula C-GDPA, ele foi fabricado em 1980 para a também canadense Dome Petroleum, para realmente voar em locais exóticos de extração de petróleo.
Desde então, ele tem voado em várias empresas canadenses num clima extremo, mas provado seu valor. A rota feita por ele será substituída por um turboélice ATR 72-500, como informa o portal Canadian Aviator. Mas nem tudo está acabado para o “Breguinha” no Canadá, já que outras 4 empresas aéreas continuarão voando com ele por mais algum tempo.
